sábado, 29 de janeiro de 2011

Sola.

Ultimamente tenho conhecido o sabor de fazer certas coisas sozinha e descobrindo que a "solidão" não é um bicho de sete cabeças como dizem por aí. Ela é boa, na medida certa.
Coisas simples, como ir ao cinema, ganham um prazer diferente quando visto sozinho e não é tão ruim assim. Principalmente se o filme que você vai ver todo mundo já viu e se não for romântico, claro. Mas dá pra ir e aproveitar o filme. Dá pra ir à praia sozinho também. Não é a imagem da segurança nos dias atuais. Mas é uma ótima oportunidade de pensar na vida e observar as pessoas. Também é bom para refrescar a cabeça e colocá-la no lugar (quando se discute com alguém...).
Andar de ônibus é ótimo. Nossa, que lugar incrível pra se pensar! Certa vez eu escrevi sobre isso...( To think )  E te digo que pratico o que disse todas as vezes que pego um. Ideias, contos, problemas, soluções, sonhos.
Antes eu achava um verdadeiro pé no saco sair/fazer/se divertir sozinha. Ligava o fato a pessoa não ter amigos. Nada a ver. Eu tenho vários amigos - amigos mesmo - e estou descobrindo o lado bom da solidão. As vezes é necessário ficar sozinho por um tempo, pra pensar, idealizar.
É bom, mas não é bom sempre. Acho que vivo uma fase de duração curta, que daqui a pouco passa. Mas enquanto ela não passa, vou desfrutando tais vantagens.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Norte

Preciso de um norte. Pra ontem, pra já. Preciso de respostas prontas, de um caminho pra seguir. Me sinto perdida, andando no escuro, longe da presença mais sublime e correta que há. Preciso de um ponto pra seguir em frente; tudo está desandando, parece que estou mudando. Aquilo que havia de mais puro e objetivo está dando lugar a dúvidas, a novas sensações, novos sentimentos. Estranhos, desconhecidos, passageiros. Tenho medo do caminho que estou trilhando. Medo de não conseguir trilhar o caminho certo e seguro que trilhava antes. Perguntas assolam meus pensamentos e me desnorteiam. Me sinto distante do meu porto seguro. Através da razão da minha vida, ele me mostra que não estou no caminho certo. Mas quão difícil é sair desse caminho errado, quão difícil. É diferente, novo, mas incerto. Sinto medo, dúvidas, receio; me sinto perdida. Onde achar tais respostas? O livro me ajuda, mas não me responde. Estou receosa das respostas que estou encontrando em conversas sábias com a razão da minha vida. É nela que vejo meu porto seguro. Acho que é por isso que tenho medo: ela me deu o start pro turbilhão de pensamentos e perguntas.
Quero respostas boas; um meio de estar no lugar certo, levando quem me acompanha agora. Quero me aproximar do meu porto seguro, quero que ele leve a minha vida do modo como ele quer, quero me sentir nos braços dele, sendo carregada, guiada, confiante da vitória e das coisas boas.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Escrever

Outro dia me peguei pensando no que me levou a escrever recentemente. Nunca fui boa em me expressar por palavras, mas sempre que foi preciso consegui dar voz à elas. A conclusão que cheguei foi que todas pessoas só escrevem porque têm problemas, principalmente amorosos e suas desilusões. Quando se ama e não se corresponde, a imaginação fica aflorada e os poemas e estórias tomam forma e atingem - na maioria das vezes - o foco direcionado. Que ruim, penso eu. Porque não escrever sobre a alegria de um amor? As tentativas são frustradas: o momento passado nas palavras não é sentido pelo leitor, é algo muito pessoal e particular.
Havendo sofrimento, incrivelmente, a pessoa sente junto, sofre junto, entende junto.
O amor sempre é fruto de inspiração. Mas o amor sofrido, o mal resolvido. Quando você conquista o amor, as metáforas e frases feitas somem porque não fazem mais sentido; as músicas depressivas são caladas e quando são ouvidas remetem à uma história passada ou a uma lembrança de como tudo se resolveu - quando achava-se que nunca se resolveria.
A verdade é que sofrer por amor é bom para amadurecimento pessoal, para ressaltar a realidade a para trazer motivação. Não é nada bom ficar sofrendo pra sempre, confesso. Mas pelo sofrimento surgem os melhores textos e as melhores reflexões. Até surgem mais conversas... Claro, pergunta-se como vai o relacionamento e a resposta tem duas palavras que são efêmeras, junto com o assunto.
Juro que não quero sofrer por amor agora.
Meus textos estão sem graça e as palavras se tornaram repetitivas e entediantes. Escrever amando é sem graça. Ficar sem escrever por estar amando é interessante demais.
Os grandes poetas também escreveram sobre o amor. Mas o que seria deles sem as dores de um grande amor?

domingo, 2 de janeiro de 2011

Doismileonzealegrias

Então que hoje é o segundo dia do novo ano. Ante-ontem, enquanto os segundos diziam adeus para 2010, pensei em como o ano que estava indo embora foi bom. Bom não, ótimo, em todos os sentidos.
Ele começou estranho, sem respostas; tinha uma cabeça vazia, sem visão de nada. Começou com sofrimento, com a vontade de ser feliz, com a esperança; começou com planos novos, com novas expectativas. Começou com uma lista interminável de ensinamentos que eu achei que não desse tempo para eu aprender todos.
E aí que depois de 12 meses, aprendi muita coisa, muito mais que a lista estava prevendo.
Cresci, amadureci, fui cobrada, me mostrei melhor do que achava. Nossa, que ano.
Conheci o que é ser importante demais para uma pessoa, o que é se sentir valorizada e querida de uma forma diferente, mas ao mesmo já esperado há tanto tempo.
Desejo que metade das alegrias que tive em 2010 sejam maiores em 2011. Só as alegrias, os desafios, os obstáculos, os amores. Aquilo que não é bom, que venha em conta gotas para que de tempo que eu me prepare para lidar com isso.
Quero degraus, objetivos maiores, crescimento mil, incontáveis sorrisos e momentos felizes.
SÓ COISAS BOAS!