sábado, 19 de fevereiro de 2011

Último Romance

Queria contar diferente a história diferente, bem. É, minhas fantasias e personagens imaginários não vão conseguir reproduzir tal episódio. Mas eu acho que é melhor contá-la através da percepção de coisas que só nós dois vivemos naquele dia (que já faz algum tempo... nossa, passou voando!). Aquele, bonitinho, lembra? Do banquinho estilo de praça, do final da tarde friozinho, das pessoas olhando, da minha vergonha, do seu discurso "tô nem aí". Vários sons compunham o lugar, mas eu não ouvi nada, você ouviu? Engraçado...
Foi tudo tão rapidinho e bom; eu precisava de carinho e você nem hesitou em fazer. Um carinho de dá gosto. Eu nem comentei com você naquele dia sobre a nossa música, acho que eu esqueci... Ah é, depois eu fui cantarolando pelo caminho, enquanto passava na minha cabeça a cena da escada rolante: eu na frente e você vindo e pegando na minha mão; suas mãozinhas suaves e carinhosas. Você diz que lembra de todos os detalhes, inclusive da roupa que usávamos! Eu também me lembro...
Me lembro de um casal de velhinhos que passou perguntando a hora e o que eles falaram depois: "Que Nossa Senhora das Cabeças ilumine o relacionamento de vocês, tudo de bom!" Acredito que o velhinho tenha desejado que tudo desse certo para que nós chegássemos a como eles eram. Que bonitinho, né?
Mas uma coisa engraçada você não sabe - ou já sabe - e eu só descobri recentemente. Sabe a nossa música? Pois é, ela é inspirada na história real de dois velhinhos que se apaixonaram num banco da praça já velhinhos, e se casaram depois, sabia? ( História Real )
Não acredito em coincidências, muito menos em acasos. Você apareceu tímido na minha vida e eu soube apostar no seu jeitinho carinhoso, com um sorriso calmo, de fala mansa. E te falar que não me arrependo de nada e que, mesmo sendo muito clichê, dá pra notar na fila do pão que sou muito feliz com você, logo você que eu encontrei quando não quis mais procurar o meu amor.
Isso não é uma declaração de amor de filme antigo, antes que você ache exposição demais. Muito menos exibição de algo tão nosso. Mas... Ah, vai, bem, uma história como essa, de mil acasos, deve ser contada e recontada.

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