Se bem que já confessei que prefiro ser uma fiel leitora a uma escritora fajuta. Só escrevo quando dói, mas queria escrever agora também. O problema é que não consigo escrever uma linha, uma narrativa, um poema. O turbilhão de palavras que surgem no meu peito parece que somem quando tento colocar pra fora. Por que será que elas somem? Daria para escrever um livro com tudo o que está acontecendo e creio que a maioria das pessoas que lessem a história acreditariam piamente que é mais uma narrativa romântica dos contos do século passado. E que o final seria totalmente previsível só por conta do título e da capa.
Pois bem, daria pra escrever esse livro se as benditas que o compõem não estivessem sumido - mesmo que esse final fosse totalmente imprevisível. Logo elas, minhas fiéis companheiras que por vezes escapolem da minha boca, o que me permite um rubor nas maças do rosto seguido de um carinho com um sorriso. Elas que me denunciam, que me rendem; que te acusam em silêncio por me fazer sorrir, por tentar ser paciente, por desconsertar meu dia e minha rotina. São elas, doces e cheia de intenções que permitiram novas perguntas, novos pensamentos.
Mas como elas não querem sair, espero que saiam para fazer um texto que guarde minhas lembranças. E que não expressem dor. Se expressarem, sei que as mesmas palavras estarão te consolando.
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