domingo, 5 de junho de 2011

Ainda que

Locução conjuntiva subordinativa de concessão.

Ainda que se esqueça, que finja que nada aconteceu,
Ainda que se consiga olhar dentro dos olhos e não lembrar da quantidade de água que saiu por culpa dele,
Ainda que formem dois arco-íris de novo,
Ainda que não se ouça mais certas músicas e lembre dele,
Ainda que a raiva que sente da idiotice que ele fez passe,
Ainda que não se sinta mais o típico ciúme cada vez que ele fale com outra pessoa,
Ainda que não queira mais se esconder, que não se importe em conversar como está a vida,
Ainda que não se tenha medo de que ele possa estragar tudo de novo,
Ainda que o medo de se sentir dele passe,
Ainda que não sinta mais vontade de nunca mais olhar pra ele,
Ainda que não se ache mais que é possível ser feliz com outras pessoas - mas só com ele - e que é possível encontrar conforto e carinho em outros braços que não os dele,
Ainda que outro coração supra a falta que ele fazia de forma plena,
Ainda que os pensamentos diários se esvaem, que as lembranças se afastem,
Ainda que a distância volte a inspirar boas idéias e não só textos inúteis e tristes e amargos feito esse - tão rotineiros,
Ainda que se consiga ser melhor do que é, que se amadureça,
Ainda que olhe pra ele e pense que não deveria sentir o que sentia, que deveria ser maior do que tudo isso, que isso deveria ser deixado de lado,
Ainda que ouvir o nome dele volte a colocar um sorriso no rosto por soar normal,
Ainda existirá sempre esse abismo enorme entre os dois que é a diferença infinita da definição de sentimento para eles.

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