sábado, 12 de março de 2011

Alô?

Parabéns, você fez o que eu pedi e me ligou. Mas não falou nem metade das palavras que eu esperava ouvir. E mais uma vez, vendi meu coração e você não soube comprar.
Eu entendo suas confusões, mas não entendo sua postura. Seus dias pra me dizer o certo estão acabando - eu coloquei um tempo, mesmo tudo sendo muito recente. Porque todos os dias espero que você se toque e diga pra voltar. Porque todos os dias, minhas esperanças de que você volte acabam. As coisas ainda me lembram muito você, o cotidiano me lembra você, as músicas, os filmes, as palavras... Todos sem razão de existir. É, eles estão perdendo a razão de existir.
Ontem chorei... Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas. Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de convivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor ofendido. Pelo amor perdido. Pelo carinho esquecido junto dos momentos bons. Pelos sonhos estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois hoje é já outro dia. Chorei. Agora, ponho os meus pés na estrada, procurando o caminho de novo. Vou ali ser feliz, mas não sei se volto.

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