quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tanto clichê, deve não ser...

Os dias seriam normais se não tivesse acontecido. A rotina seria a mesma, as mesmas pessoas, os mesmo assuntos. Mas a atmosfera não estava igual. Havia algum tempo que acordar não era difícil e fugir da rotina fazia bem.
Tinham os mesmo desejos. Os olhares eram demorados. As aulas tinham um sabor diferente. O cotidiano deixou de ser exaustivo, chato. As conversas eram frequentes - cheia de carinhos. Os gostos musicais eram semelhantes. Por isso aconteceu.
Estava quase saindo. O assunto tomou um outro rumo. Quase que não sai de casa. De fundo, tocava a música que marcaria. Não pararia de tocar. Nem naquele dia, nem tão cedo.
A história era quase um dejàvu. Os personagens eram tão conhecidos, as palavras, os olhares, o interesse. Tudo familiar, próximo e distante. Mas especial.
Nada poderia descrever a situação, o sentimento. O filme não fez o menor sentido, a noite não teve recheio. O desejo de estar junto ultrapassava a distância. Queria ali, agora. A mente não parava de pensar.
Depois disso, foi fácil, rápido, seguro. Bom, contínuo, certo.
A música de fundo descrevia o último romance. Falava que mesmo na fila do pão, dava pra perceber que existia alguém. Deixava o vento decidir o caminho. Tinha encontrado quando não quis mais procurar. Engraçado, era exatamente isso que estava acontecendo. Mas era o primeiro romance.

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